J. H. Pestalozzi

Educador suíço, nasceu em Zurique, filho de médico, perdeu o pai aos cinco anos de idade e foi educado pela mãe e pela governanta. Pestalozzi (1746-1827) cresceu acompanhando seu tio-avô em visitas aos pobres de sua cidade. Isso o influenciou na consolidação de seus ideais de justiça social. Discípulo de Rousseau, abordou as contradições reconhecidas pelo mestre entre a formação do indivíduo (liberdade) e a formação do cidadão (responsabilidade social) a partir de uma visão evolucionista da história, defendendo a liberdade humana e a educação como caminhos para uma sociedade melhor. Desenvolveu a teoria dos três estados – natural social e moral – entendidas como etapas do desenvolvimento da espécie humana. O estado natural seria o período da prevalência dos instintos, no qual a espécie humana se assemelha aos animais. O estado social é quando o homem se socializa ao viver com o outro e essa convivência limita suas ações, podando-lhe com regras, costumes e leis. O estado moral refere-se à ascensão das potencialidades humanas, é o despertar da essência divida no homem, no qual a sua própria consciência é a única lei necessária. Pestalozzi fundou orfanatos e escolas, abrigou, alimentou e educou crianças durante toda a sua vida. Mas sua grande experiência pedagógica foi no Instituto de Iverdon, na Suíça, ao qual se dedicou durante vinte anos. O instituto foi destaque na educação européia do século XIX, recebia visita de curiosos e ilustres pensadores de todas as partes do mundo. Pestalozzi defendia que a criança deveria ser educada integralmente a partir do equilíbrio entre três elementos – mãos, coração e cabeça. Propôs uma educação baseada na autonomia do educando, no ser que se autoconstrói e na predominância da lei do amor e da evolução sobre todas as outras.